O processo de diversificação económica deve focar-se na criação de ecossistemas de empresas especializadas (clusters económicos), para o aumento de empregos e descentralização do crescimento económico, defendeu, esta sexta-feira, em Luanda, o presidente da Comissão Executiva do Standard Bank, Luís Teles.
Ao discursar na abertura da 2ª Edição do “Economic Briefing-2024”, sublinhou que os clusters têm o potencial de criar e partilhar conhecimentos de especialização técnica, para diversificar a economia nacional.
Para o gestor, é necessário que se identifique os sectores e subsectores a serem explorados pelos investidores internacionais, com experiência comprovada e inquestionável, para além de se preparar uma estratégica para beneficiar o dividendo demográfico face às projecções.
De acordo com Luís Teles, Angola tem que se posicionar para ser um líder regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), no contexto do Acordo Continental Africano de Comércio Livre, sendo, para isso, ter um tecido empresarial forte, competitivo, capitalizado e tecnicamente bem preparado.
Por seu turno, o economista chefe da Direcção de Risco e Assuntos Corporativos do Standard Bank, Fáusio Mussá, considerou ser importante investir-se na educação, por ser um pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer economia.
Acrescentou que a educação qualifica as pessoas para serem participantes mais activos na sociedade, ajudando a formar o capital humano que as economias precisam para se desenvolver.
O economista do Standard Bank lembrou também que, no primeiro trimestre deste ano, o país registou uma forte aceleração do crescimento da economia, com o registo histórico de 4,6% do PIB, nos últimos nove anos.
Até final deste ano, adiantou, prevê-se que Angola registe uma inflação em torno dos 32.2%.
Por outro lado, o especialista reconheceu a redução das taxas de mortalidade infantil em Angola e a melhoria de esperança de vida, facto que contribui na existência de uma força de trabalho crescente no país.