O Banco de Fomento Angola (BFA) terá 30% do seu capital privatizado no segundo semestre de 2025, através da venda de 15% das acções detidas pela UNITEL e 15% pelo BPI.
A informação foi avançada por Luís Roberto Gonçalves, Presidente da Comissão Executiva do BFA, durante a conferência “20 Anos do Mercado de Capitais”, onde destacou a complexidade e a dimensão da operação.
Entre os principais desafios da entrada em bolsa, o gestor sublinhou a necessidade de adequar a estrutura do Banco à regulamentação específica do mercado de capitais, bem como a um maior escrutínio por parte de investidores e analistas.
Para Luís Roberto Gonçalves, o mercado de capitais angolano ainda está numa fase inicial, com predominância de investidores de retalho e menor especialização.
Esta realidade cria uma oportunidade para empresas de análise e consultoria, que poderão desempenhar um papel fundamental na capacitação do mercado e no suporte à tomada de decisão dos investidores.
Além disso, o PCE do BFA alertou que, com a normalização do mercado, os investidores institucionais irão concentrar-se na rentabilidade das empresas. Assim, as empresas cotadas e as que pretendem entrar em bolsa devem garantir taxas de retorno atractivas aos accionistas, pois esse será um factor determinante para atrair investimentos.